Formador de Grohe aposta em Tiago

Aos 46 anos de idade, o técnico Márcio Marolla dedicou boa parte de sua carreira profissional à posição de goleiro. Primeiro, como atleta: ele foi formado nas categorias de base do Grêmio e chegou a ser bicampeão gaúcho profissional, na reserva de Mazarópi. Depois, como treinador de goleiros: ele foi o responsável por aprovar, no Tricolor, Marcelo Grohe, então com 13 anos de idade. Com essa experiência, ele tem facilidade para avaliar um bom camisa 1. Entra, nessa categoria, Tiago Machowski, 21 anos, que vem sendo o titular gremista na ausência de Grohe, que serve à Seleção Brasileira.

- É um bom goleiro. Já havia tido outras oportunidades e tinha ido bem. Ele tem bom posicionamento e bom porte. Nos jogos que vi, mostrou ser arrojado, com boa saída de gol. Gostei, mesmo. Agora, é importante que se mantenha sempre no peso ideal para que tenha um pouco mais de velocidade. É um goleiro promissor. O Grêmio está muito bem servido - avalia o técnico.
Marolla conviveu com grandes goleiros, dentre eles, Mazarópi e Taffarel, dois dos melhores camisas 1 da história da dupla Gre-Nal.
- Quando jogador, tive oportunidade de treinar muito tempo como o Mazarópi. Nos Juniores e, depois, no Profissional, acompanhei muito o Eduardo “Chico” (Eduardo Hamester), que, hoje, é treinador de goleiros das bases do Grêmio. Sou amigo e fui colega de aula do Taffarel. Como técnico, trabalhei, no 3 de Febrero, com Antony Silva, da Seleção Paraguaia - lembra Marolla.
Anthony Silva foi jogador de Marolla em 2014, na Primeira Divisão do Campeonato Paraguaio. Com longa passagem pelo Tolima, ele defende, hoje, outro clube colombiano, o Independiente de Medellín. Com Taffarel, a relação de Marolla foi ainda mais próxima.
- Chegamos a estudar juntos em um curso supletivo, no Colegio Sevigné, na rua Duque de Caxias, em Porto Alegre. Na época, com jogos duas vezes por semana, era difícil estudar. Também íamos, algumas vezes às reuniões dos Atletas de Cristo, onde fizemos uma boa amizade. É uma pessoa sensacional, com uma humildade enorme. Trata todo mundo bem. Não cheguei a enfrentá-lo na base, pois ele é um pouco mais velho que eu. Mas, lembro de um Gre-Nal profissional em que eu estava no banco. O jogo valia um ponto extra, no Gauchão, e foi para os pênaltis. Acabamos perdendo porque o Taffarel pegou várias cobranças - recorda.
Além de treinador de goleiros, Márcio Marolla foi técnico da base do Grêmio, quando trabalhou, dentre outros, com Ânderson e Douglas Costa. Gaúcho de Santo Ângelo, ele está disposto a trabalhar no Brasil após três anos no futebol paraguaio. Por lá, conquistou a Divisão Intermediária, garantindo, ao 3 de Febrero, pequeno clube de Ciudad del Este, o acesso à elite. Também conquistou títulos nacionais com as categorias sub-18 e sub-20 do clube. Seu trabalho mais recente foi no Mixto, de Cuiabá.

Foto: Club Atlético 3 de Febrero | Arquivo

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