Gre-Nal: resultado injusto

GLADIADOR foi implacável com o Colorado e decretou classificação Tricolor

Não, eu não enlouqueci. O resultado do Gre-Nal de quarta-feira foi um dos mais injustos dos últimos tempos. O Tricolor merecia ter feito muito mais gols. Diria até que a supremacia do Grêmio, em pleno Beira-Rio, foi superior a do rival em 1997, quando do histórico 2 a 5 no campeonato brasileiro daquele ano.

Comparando por setores, observamos que Victor voltou a ser aquele de 2010, fazendo boas defesas e, por vezes, praticando milagres. Muriel dá sinais de que ainda não está pronto, solta bolas constantemente e sai mal do gol.

Nas laterais a situação é ainda mais desequilibrada. Elton mostrou que não é da função, enquanto Kléber esteve irreconhecível. No lado Tricolor, Gabriel marcou como nunca, foi ao ataque e fez boas jogadas. Julio César, como é de praxe, foi importante ofensivamente.

No meio, talvez a maior disparidade, tanto técnica quanto tática. Os volantes Fernando, Léo Gago e Souza se revezaram e confundiram a marcação vermelha, liberando Marco Antônio para fazer o que mais gosta: articular. Este, por sinal, foi outro destaque, com direito a passa decisivo para o gol de Kléber. Souza se destacou e, para mim, foi o melhor em campo. Do lado Colorado, D'Ale e Oscar irreconhecíveis, Bolatti muito abaixo do normal e Sandro Silva com lampejos de boa atuação.

No ataque, Damião e Dagoberto foram o que de melhor apresentou o Internacional. O primeiro voltou a marcar enquanto o outro de desbruçou taticamente, correndo o campo inteiro. No Grêmio, Moreno não repetiu as boas atuações, mas foi compensado pelo gladiador Kléber, que teve sua melhor atuação com a camisa Tricolor.

Apesar de toda esta diferença, a maior delas foi a tática. Roger Machado surpreendeu Dorival Júnior e atacou o tempo todo, sendo melhor durante os 90 minutos. O conjunto gremista foi implacável e não deu chances ao adversário.

Grêmio favorito contra o Caxias, mesmo fora de casa.

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