Torcida que pega junto

Fernando Potrick | Vôlei Canoas
A derrota para o Sesi-SP, sábado, não chegou a ser surpresa. Os paulistas vieram a Canoas com quatro campeões olímpicos e precisavam de recuperação na Superliga. O que mais surpreendeu estava do lado de fora da quadra: 1.231 torcedores compareceram ao ginásio Poliesportivo La Salle, quebrando o recorde de ocupação da casa canoense, que perdurava desde o dia 10 de janeiro de 2013, quando 1.184 pessoas assistiram a vitória contra o RJX.

A presença da torcida já havia sido expressiva na 1ª rodada, quando o Canoas bateu o Montes Claros por 3 sets a 0. De acordo com Leonardo Senna, diretor administrativo e de marketing do clube, a ida em massa da torcida ao ginásio se dá, especialmente, após a nova identidade visual do Vôlei Canoas, presente há dois anos. “Já na temporada passada houve crescimento de público. O lançamento de uma nova marca fez com que o torcedor se identificasse mais com o time”, pondera. Outro fator importante, segundo Senna, é a aposta na garotada. “Ano passado, investimos em um time jovem e obtivemos resultados surpreendentes. O torcedor gosta disso e, este ano, repetimos a estratégia, o que atinge, especialmente, os alunos da rede municipal de ensino”, frisa.
PASSAPORTE - Em relação a temporada passada, houve crescimento superior a 100% na comercialização do Passaporte Superliga, que garante ao torcedor ingresso em todos os jogos em casa. “Foram muitos benefícios agregados. Além das entradas, quem compra concorre a prêmios, viagens com o grupo, entre outros benefícios”, lembra Leonardo Senna.

O fato de ser o único time gaúcho na Superliga também ajuda. “Torcedores de diversas cidades acompanham os jogos e pedem ingressos. Somos de Canoas, mas nossa torcida é gaúcha”, enfatiza Senna, ressaltando que torcedores de cidades como Criciúma (SC) comparecem.

O espaço que o time teve na mídia nas últimas semanas também foi importante. Graças às vitórias que levaram o time à liderança da competição após duas rodadas. Agora, o objetivo é continuar com casa cheia. “Nossa meta é de ter 70% dos lugares ocupados em média”, completa.

FUNDAMENTAL

Além das 1.231 pessoas que puderam ver de perto o Vôlei Canoas contra os campeões olímpicos da Rio 2016, Lucão, William e Douglas Souza, outras 100 ficaram do lado de fora, sem conseguir acesso aos mil lugares da arquibancada e aos pouco mais de 200 atrás da quadra. Segundo o supervisor da equipe, o campeão olímpico, Gustavo Endres, contar com os jogos sempre cheios é de grande importância.

“Termos ginásios cheios é fundamental. Principalmente para os patrocinadores e até futuros parceiros. Ver que a mobilização é grande, que existe um público consumidor fiel mostra que o voleibol tem o seu espaço consolidado atraindo assim cada vez mais pessoas para os ginásios. Sem contar que isso gera interesse também para as nossas crianças e jovens fomentando o nosso esporte”, afirma Gustavo.

O próximo jogo do Canoas em casa será dia 8 de novembro, contra o Sada Cruzeiro, às 20 horas.

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