Canoas tem 1º Campeonato de Pingue-Pongue

Moreno Carvalho | Diário de Canoas
Uma tarde ensolarada, parques lotados, mas teve uma galera que estava concentrada mesmo era dentro do ginásio. E o foco era um só: a bolinha. Gente de todos os cantos do Rio Grande do Sul esteve na cidade, sábado, participando do 1º Campeonato Canoense de Pingue-Pongue, organizado pela Federação Gaúcha da modalidade em parceria com a Prefeitura. Oito mesas ocuparam totalmente a quadra do Centro Olímpico Municipal, onde dezenas de praticantes colocaram em prática suas habilidades com a raquete.

A disputa ocorreu em três modalidades: individual masculino até 18 anos, individual feminino livre e duplas masculino livre. Antes do início oficial, os competidores tiveram cerca de meia hora para aquecimento. Foi aí que muitos deles demonstraram rara habilidade, coisa de quem conhece o esporte desde cedo.

A participação foi gratuita, mas cada competidor precisou levar sua própria raquete. Os três primeiros colocados em cada modalidade levaram para casa troféus. Já do 4º ao 6º colocados, medalhas.

Um dos melhores do Estado ensina o “segredo”

Moreno Carvalho | Diário de Canoas
Ao me aproximar de Marcelo Benitez de Lima, o vejo ser abraçado por outro competidor que, em seguida, afirma. “Este aqui é o melhor do Estado, não tem para ninguém”. Foi com este cartão de visitas que Marcelo concedeu entrevista ao DC, antes do início da competição.

Antes de qualquer coisa, o competidor natural de Gravataí elogiou o evento. “A Federação e a Prefeitura estão de parabéns, tudo está muito bem organizado”.

Aos 34 anos, ele ocupa o quarto lugar no ranking estadual do pingue-pongue. Mas, ainda busca a liderança, o que já não é novidade para Marcelo Benitez de Lima. Entre 2010 e 2016, só em duas oportunidades ele não encerrou o ano na primeira colocação (2010 e 2015). No ano passado, Marcelo foi reconhecido como o melhor jogador do Estado, recebendo o título Raquete de Ouro.

Praticando o esporte desde os 9 anos de idade, Marcelo conquista competições pelo Rio Grande do Sul desde os 11. Ele afirma que, para vencer no pingue-pongue não existe segredo, só muito esforço. “O negócio é treinar duro, sempre”, resume.

Moreno Carvalho | DC
VOLTA POR CIMA

Uma das maiores equipes da competição veio de Três Coroas. E entre os cerca de 30 jogadores da Dimenores estava o estilista de sapatos Eugênio Müller, 55. Ele joga pingue-pongue desde criança e acabou criando um laço de amizade com aquele que veio ser sua dupla nas competições. Mas o amigo de Eugênio foi assassinado e, assim como o parceiro fiel, a vontade de jogar se foi. Mas, Eugênio, deu a volta por cima. “A paixão pelo esporte me fez retornar. É sempre um prazer estar com os amigos competindo”, descreveu.

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