Atletas da Ascka terão tatames para treinar

ATLETAS: jovens  karatecas superam desafios e acumulam medalhas 
MORENO CARVALHO 

Canoas - Após três anos lutando pelo nome de Canoas e levando a cidade à um nível superior no esporte, a Associação Canoense de Karate Do (Ascka) garantiu recentemente a aquisição de materiais de treinamentos, especialmente tatames. Acumulando conquistas estaduais, nacionais, sul e pan-americanas, a entidade funciona nas dependências do CTG Raízes da Tradição, no bairro Harmonia, onde 33 pessoas – entre atletas e apenas praticantes – dos 5 aos 62 anos de idade, treinam nas terças e quintas-feiras.

“Conseguimos a verba a partir do edital lançado pela prefeitura que visa beneficiar projetos de cunho esportivo e social em Canoas”, comenta o professor Cristiano Saldanha. Na pontuação que avalia diversos critérios, a Ascka foi ranqueada em segundo lugar entre todos inscritos. “Apresentamos nossos títulos e reportagens publicadas no Diário de Canoas como portefólio. Aguardamos apenas o contato para assinar o convênio e adquirir o que for preciso”, completa o experiente lutar que pratica karate há mais de 22 anos.

Visita - No último sábado, o responsável pela Ascka, Cristiano Saldanha, atletas e pais/praticantes estiveram na sede do Diário de Canoas para conhecer a estrutura do jornal e comentar sobre as novidades, especialmente a questão dos tatames. “Não teremos mais que treinar em meio às felpas”, brinca o técnico.

COMO O KARATE INFLUENCIOU NA VIDA DELES 

“No começo, quando entrei na Ascka, não pensava que seria assim, queria apenas praticar um esporte. Fui evoluindo e comecei a me dedicar mais tanto no esporte como nos estudos. Hoje, o karate é uma paixão na minha vida e isso não tem preço nem explicação.”

Natália Sigales, 14 anos, atleta 

“O karate da Ascka mudou tudo em minha vida, desde o comportamento até na parte física. Entrei na associação para perder peso e me sentir melhor. Consegui emagrecer e muito mais do que isso, me apaixonei pelo esporte que encaro com muita dedicação.”

André Sigales, 15 anos, atleta

“Comecei no karate para brincar e me divertir. Jamais imaginei que iria tão longe, fazendo viagens para outros estados e países para competir com outras atletas. A Ascka acabou se tornando minha segunda casa, minha segunda família, é muito gratificante.”

Julia Pohlmann, 12 anos, atleta 

A união que faz a força

Recentemente, 17 alunos da associação realizaram Exame de Faixas e todos foram aprovados. Eles foram avaliados por um membro da Federação Sul Riograndense de Karate Interestilos. Cristiano Saldanha conta que lutava na rua com seu irmão, Maico Saldanha, e resolveu repassar conhecimentos. “Conversamos com o patrão do CTG e ele prontamente aceitou a proposta. No início eram dois alunos, hoje somos uma equipe reconhecida internacionalmente”, ressalta o técnico.

O patrão Luia Francisco Rosa Scheren diz que, no início, os tradicionalistas não concordavam com a ideia de se praticar um esporte de luta nas dependências do CTG. “Foi uma barreira que vencemos, pois mudamos a visão das pessoas”, comenta. Hoje, até pais de alunos praticam o esporte.

Rose Passos, mãe do pequeno Dante, que já pratica karate aos 5 anos de idade, conta que familiares se reúnem para vender doces e organizar eventos que ajudam na arrecadação de fundos para as viagens. “Nosso diferencial é a união”, destaca.

Foto: PAULO PIRES/GES 

Comentários