O estagiário que culpa

EMPATE: diante do "rebaixável" Sport, Colorado não venceu em casa

Partida irreconhecível? Li isso no Clicesportes e confesso que não entendi. Pelo contrário, o Inter foi o mesmo de sempre, sem criatividade no meio, falta de oportunismo na frente e vulnerabilidade atrás. O empate diante do candidatíssimo ao rebaixamento, Sport Recife, acabou sendo "bom", se comparado o placar do intervalo: 2 a 0 para os visitantes.

Com uma equipe repleta de jovens promessas, parecia que o adversário tinha um grande time. Mas o Sport é uma das piores equipes do campeonato. Julgo que o time pernambucano é pior até mesmo que o Atlético Goianiense, que ocupa a última colocação. O primeiro tempo foi horrível, e poderia ter sido pior se não fosse o craque da partida, Muriel.

Na segunda etapa, graças à uma mudança na atitude, o Inter empatou e poderia até ter vencido. De tão fraco que é o Sport, mesmo não jogando nada, o Colorado quase venceu usando-se apenas da vontade. Mas para chegar ao G4, não será suficiente. Tal ímpeto não garantirá os pontos necessários para que o Inter chegue ao seu único objetivo.

Para piorar as coisas, acredito que apenas três classificarão à Libertadores, pois, dificilmente, um brasileiro não vencerá a Sul-Americana.

O estagiário 

Fernandão, que ainda faz curso para obter a carteirinha de treinador, conseguiu se opor à uma tendência mundial que já até virou jargão. Sempre se ouve que a culpa é do estagiário, por este estar no nível mais baixo de uma empresa/organização.

Mas, no caso do Inter, graças à um equívoco da direção, este estagiário é o que comanda o futebol. Até porque, o vice de futebol, Luciano Davi, pouca experiência tem, para não dizer nenhuma.

E depois do jogo, ele, o estagiário Fernandão, colocou a boca no trombone e praticamente deu nome aos bois - quando falou em firulas, deixou claro que falava de Damião.

Não vejo com bons olhos as críticas externas aos atletas. Parece ser mais um erro de Fernandão em sua curta trajetória no comando técnico colorado.

Continuo com a ideia de que o Inter só terá algo a fazer neste campeonato se trocar, imediatamente, de comandante. Afinal, os desfalques não justificam os frequentes erros do eterno capitão da América.