Dorival e o complexo de vira-lata

NEYMAR encarnou Rei Pelé e não deu chances para o retrancado Inter
Como já previa, não só eu, como todas as pessoas com o mínimo de senso crítico sobre futebol, a retranca de Dorival Júnior não deu certo na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro, frente ao Santos. O único acerto do técnico colorado foi ao dizer, antes da partida, que Neymar inspirado é imarcavel.

Começar com três volantes em detrimento da principal contratação do ano, Dagoberto, beira o ridículo. Até criança sabe que a pior estratégia contra um time de muita qualidade - caso do Santos - é pensar somente em se defender.

Ainda se Tinga fosse um dos volantes, não seria correto, mas ao menos compreensível. Mas não. Dorival escalou o fraco Elton ao lado de Guiñazu - que faz um gol a cada milênio - e Bollati, um volante da roça.

Como é de praxe dos sem convicção, ele mexeu depois de estar perdendo, mas daí ja era tarde.

Claro que, com os lapsos extensos de genialidade pelo qual Neymar passou ontem, dificilmente o resultado seria favorável ao Colorado. Mas Roger Machado, técnico interino do Grêmio no Gre-Nal, ensinou Dorival como fazer. Quando se tem um time inferior técnicamente e uma defesa frágil, a melhor forma de enfrentamento é atacar o adversário.

O resultado não deixa de ser um tanto preocupante. Coloca o Inter na obrigação de vencer o até então 100% The Strongest, no Beira-Rio. E que o "complexo de vira-lata" saia da cabeça do treinador Colorado, afinal, a grandeza do Inter não condiz com a escalação de ontem.

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