Mário Fernandes

Lateral, zagueiro, volante, meia direita, atacante. Quem assiste a um jogo do Grêmio no estádio percebe que Mário Fernandes atua em todas essas posições durante os 90 minutos. E o mais impressionante: atua bem em todas elas, sendo melhor que qualquer outro jogador que o Tricolor possui no elenco.

Jogador é um diamante a ser lapidado pelo clube. Foto: Diego Vara/RBS

Já não é de hoje que Mário surpreende. Quando chegou ao Grêmio, em 2009, já chamava atenção pela velocidade e pelo sumiço que até hoje não foi explicado, sendo até considerado desaparecido pela polícia. Foi comparado à Lúcio quando atuava em sua posição original, a zaga. Depois, na lateral, deixou e ainda deixa em dúvida sobre qual posição deve atuar.

O Grêmio, na penúria em que se encontra, tem no seu elenco uma jóia rara, um jogador de excessão, um futuro craque da seleção brasileira. É preciso ter cuidado para não deixar escapar um atleta deste nível, com biotipo físico que se impõe sobre os marcadores. Mário ataca e defende, é incisivo e dá belas assistências.

Se o Tricolor tiver um atacante matador (tomara que Brandão o seja) Mário se destacará ainda mais. É o lateral que todo camisa 9 pediu à Deus. Infiltra, cruza, passa e ainda faz gol. E nem por isso deixa as costas descobertas.

Mário já havia conquistado meu respeito, mas agora, com o time nessa situação terrível, ele chega a ser impressionante, pois torna-se um poço de categoria em meio à uma enxurrada de ruindade.