Celeste campeã: orgulho para os gaúchos

Será que o Uruguai, país com pouco mais de 3 milhões de habitantes e uma extensão territorial de 176.215 km² (para se ter uma ideia, o Rio Grande do Sul  possui área de 281 748,538 e 11 milhões de moradores) tem melhores jogadores de futebol que seleções como Brasil e Argentina, por exemplo? Claro que não. Nossos vizinhos, hermanos da fronteira, deixam o povo gaúcho orgulhoso e nos faz pensar sobre como seria, caso fizessemos parte deste país tão parecido com o lugar onde vivemos.
Celeste conquistou Copa América
A Celeste Olímpica prova que organização tática aliada à tradicional garra charrúa podem levar uma equipe ao topo do futebol mundial. Após ter conquistado o quarto lugar na Copa do Mundo da África do Sul, vice-campeonato mundial sub-17, vice-campeonato da Libertadores, com o Peñarol e até um recente mundial de Futebol de Areia, vencendo o Brasil na casa do adversário, o Uruguai finalmente chegou ao títulom, ao vencer a Copa América, na Argentina, de forma invicta. Venceu até os donos da casa, jogando mais de 100 minutos com um jogador a menos.

Claro que a safra é boa. Todos os atletas atuam fora do país, em sua maioria no continente europeu. Mas isso não é exclusividade uruguaia, praticamente todas as seleções contam com atletas deste nível. No entanto, a força, a gana de vencer a qualquer preço e o sentimento de amor à Pátria fazem a diferença em favor dos uruguaios.

Título festejado na fronteira
O povo á mais orgulhoso de sua terra do que qualquer outra nação no mundo. Talvez até por não tratar-se de um "continente", como é o caso do Brasil, ou de um país culturamente dividido, como a Argentina, onde províncias possuem características diferenciadas. Mas o fato é que a Celeste emociona. Ainda mais a nós gaúchos, que somos influenciados e influenciadores da cultura uruguaia. Basta ver a foto abaixo, onde o grupo concentra-se para a partida de quartas-de-final da Copa do Mundo da África, assando o tradicional churrasco e saboreando o velho chimarrão. Assim foi também durante a Copa América, quando a bebida típica do Rio Grande foi passada de mão em mão durante treino recreativo.
Já na África do Sul, tradição gaudéria foi exaltada por atletas uruguaios
Podem nos chamar de bairristas. Mas o fato é que a conquista uruguaia nos faz transbordar de orgulho, muito mais do que se fosse a seleção canarinho no topo, um time repleto de jogadores "estrangeiros", sem identificação alguma e que sequer cantam o hino nacional quando executado antes das partidas. As lágrimas dos atletas e da torcida uruguaia nos fazem arrepiar e até chorar, obrigando-nos a pensar em como seria caso nosso Estado tivesse ficado do lado Celeste.

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