Borges sai por ser "bonzinho"

Renato quer mudar filosofia do grupo
O técnico Renato Portaluppi não afirma nos microfones, mas a saída de Borges, confirmada na noite desta segunda-feira, é decorrente de uma nova filosofia que deverá ser implantada no plantel gremista, após os fracassos no Gauchão e Libertadores da América. Jogadores de personalidade introspectiva deverão dar lugar a jogadores de postura mais ofensiva, ou "cascudos", como classificou o estilo de Gilberto Silva, recém contratado. Borges era um "atleta de cristo", o que incomodava Renato.


Após a queda de rendimento da equipe, percebeu-se que apenas Fábio Rochemback tem personalidade forte. Após os três recentes grenais, a direção e o técnico concluíram que os demais atletas não "protegeram" Leandro das "malícias" dos jogadores do Inter que, a todo momento, provocavam e tentavam intimar a jovem promessa.

Apesar de contar com jogadores experientes, o Tricolor não possui, de fato, atletas que usem da imposição como fator de desequilibrio em meio à um jogo tenso. Victor, apesar de ter passado pela seleção e ser uma das lideranças do grupo, não tem este perfil. Até Marcelo Grohe é mais participativo e cobra com mais veemência seus defensores.

Rodolfo, Rafa Marques (que está de saída), Gabriel, Lúcio, Douglas: assim como Victor, não conseguem desestabilizar o adversário em momentos críticos. Restaria, talvez, André Lima, que está fora por lesão há um bom tempo.

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