Marginais depredam ônibus e deixam vários feridos em Porto Alegre

E as tentativas da torcida Geral do Grêmio em terminar com as demais organizadas do clube teve mais uma capítulo na madrugada desta quinta-feira. Depois da selvageria vista nas arquibancadas na estréia do tricolor no Gauchão, contra a torcida Velha Escola, das agressões a torcedores da Máfia naturais de Erechim naquela cidade, da pancadaria no pátio da Ulbra antes do jogo com o Canoas e da repressão pós reunião do BOE em Porto Alegre foi a vez de trabalhadores, crianças e idosos serem vítimas da gangue que atua na chamada “Operação Bin Laden”.

Depois de ameaçarem agredir torcedores da Máfia fora do estádio Olímpico, antes do início do jogo Grêmio e Liverpool, nesta quarta-feira, pela Taça Libertadores, quando um bando se reuniu para tentar atacar o grupo rival na Avenida Carlos Barbosa, “torcedores” da Geral se deslocaram até o viaduto da Conceição, sabedores de que uma minoria da Máfia Tricolor tem apenas esta opção para retornar ás cidades da região metropolitana, visto que o serviço do Trensurb funciona até às 23h25min. Ao encontrarem o grupo, por volta da 1h30min, que contava com cerca de dez pessoas, entrando no ônibus da empresa Real Rodovias, os vândalos começaram a arremessar pedregulhos contra o coletivo. Na tentativa de acertar seus alvos, os vândalos atingiram pessoas que não tinham nada a ver com a situação. “Eram mulheres, idosos e até crianças que queriam apenas voltar para casa e ficaram apavorados com a situação”, conta um dos jovens que estava no ônibus e prefere não ser identificado.

Torcedores da Máfia Tricolor, ao perceberam a situação perigosa a que todos os passageiros estavam submetidos, pediram insistentemente ao motorista que abrisse as portas, para que pudessem descer e minimizar a destruição do ônibus. Totalmente em vão. “O motorista disse que não abriria a porta, pois temia pelas nossas vidas”, conta outro torcedor que afirma ter visto uma arma de fogo na cintura de um dos delinqüentes.

Após a arrancada do coletivo, os baderneiros continuaram atirando objetos contra todos que estavam na parte interior, em uma perseguição que se estendeu pelas ruas próximas à rodoviária de Porto Alegre. Resultado: um ônibus completamente destruído e um torcedor conduzido ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, após uma viatura da Brigada Militar parar o ônibus na Avenida Farrapos, além de diversos feridos na cabeça. “Não sobrou uma janela e nosso integrante segue no hospital, mas passa bem”, conta um membro da diretoria da entidade.

Baderna subsidiada

A diretoria da Máfia acusa o presidente Paulo Odone de continuar dando aval à violência praticada pela Geral do Grêmio. Conforme um membro, a diretoria do Grêmio informou que daria uma punição de 15 dias à Geral, sem ingressos e subsídios para viagens, o que não foi cumprido. “A punição valeu apenas para o GreNal de Riveira. Ontem eles já receberam quase mil ingressos”, afirma. “Teve até tentativa de homicídio esta semana, contra um diretor da torcida, além de nosso vice-presidente estar no hospital”. Segundo o jovem, o número de feridos dentro da torcida passa de dez. “O MP, a Brigada e a diretoria estão esperando alguém morrer para tomar alguma providência?”, protesta o torcedor.

Comentários

  1. ''Torcedores da Máfia Tricolor, ao perceberam a situação perigosa a que todos os passageiros estavam submetidos, pediram insistentemente ao motorista que abrisse as portas, para que pudessem descer e minimizar a destruição do ônibus.''

    Como eles são machos

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  2. Uma reportagem que defende a Máfia tricolor não pode ter créditos.

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